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Ocupação Cartola

  • Por: Larissa Seretti
  • 7 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, nasceu em 1908 no Rio de Janeiro e faleceu em 1980, na mesma cidade. O fundador da Estação Primeira de Mangueira era compositor, instrumentista e cantor. Suas principais canções são "As Rosas Não Falam" e "Quem Me Vê Sorrindo". Até hoje, os seus sambas são cantados e passados de geração em geração.

Considerado por muitos o maior sambista da história da música brasileira, Angenor nasceu no bairro carioca do Catete, porém passou a maior parte de sua vida no Morro de Mangueira. Abandonou os estudos após a morte da mãe e começou a trabalhar como servente de pedreiro, onde foi apelidado de Cartola, por utilizar um chapéu como forma de proteção.

Aos dezoito anos, foi expulso de casa pelo pai e passou a viver nas ruas. Nessa época, Cartola ficou jogado no mundo, se envolveu com prostituição e por esse motivo ficou doente ao contrair várias doenças venérias. Recebeu os cuidados de Dona Zica, mulher que salvou sua vida e que se tornaria sua esposa posteriormente.

Superando vários desafios pessoais, Cartola com os amigos Carlos Cachaça e Gradim, formou o Bloco dos Arengueiros, e de sua fusão com outros blocos gerou a Estação Primeira de Mangueira, da qual era diretor de harmonia até o fim da década de 30.

Tornou-se conhecido quando foi procurado por Mário Reis e vendeu-lhe a música "Que Infeliz Sorte", lançada na voz de Francisco Alves. Participou do "Cartola Convida", uma série de apresentações, promovida pela União Nacional dos Estudantes em 1970. Seus sambas foram gravados por grandes cantores, como Clara Nunes, Paulinho da Viola e Nelson Gonçalves.

O Instituto Itaú Cultural homenageia um dos maiores ícones do samba com uma exposição imperdível que ocorrerá com entrada gratuita até o dia 15 de novembro. A exposição apresenta espaços que representam os principais lugares em que Cartola viveu: o restaurante Zicartola, a escola de samba Estação Primeira de Mangueira e o jardim da casa em que morava com sua esposa Dona Zica.

Lá você encontrará vídeos e depoimentos de pessoas que conviveram com Cartola e declamações de algumas canções do sambista, com tradução em libras, manuscritos de suas composições impressos também em braille. O destaque especial vai para as caixas em que pode-se sentir vibrações dos sons dos instrumentos enquanto as músicas são tocadas. Além de vários objetos de acervo pessoal, como seu convite de casamento, fotografias, discos e seu gravador.

A Exposição "Ocupação Cartola" irá até 15 de novembro no Itaú Cultural (Av. Paulista, 149). Próximo à estação Brigadeiro do metrô. Horários: Terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h. Sábados, Domingos e Feriados, das 11h às 20h.

 
 
 

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