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Doação de Medula Óssea

  • Por: Isabela Alves, Larissa Serete e Sarah Américo
  • 19 de jul. de 2017
  • 4 min de leitura

Abrace o projeto e seja um doador de medula óssea

A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos​ e ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das células sanguíneas, pois é lá que são produzidos os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos), e as plaquetas.

O transplante de medula consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. São mais de setenta tipos de diagnósticos que podem levar ao transplante, como leucemias, linfomas, aplasias e até anemia falciforme. (Pai e mãe tem 50% de compatibilidade e irmãos tem 25%)

Fundada em 2002, a AMEO é a Associação da Medula Óssea começou a trabalhar em 2003 junto com o Hemocentro da Santa Casa com a missão de ajudar a construção o registro de medula óssea, o Redome. A dermatologista Dra. Carmem teve a ideia de criar uma ONG para ajudar nesse trabalho de registrar doadores de medula óssea, e daí surgiu a instituição que até hoje ajuda no cadastro de doadores dentro do Hemocentro da Santa Casa e nas campanhas para a captação de novos doadores.

A equipe do Culturistando entrevistou o sociólogo e gerente geral da Associação, Wagner Fernandes para saber mais sobre essa ação tão importante que salva vidas.

- Desde que a AMEO foi criada cresceu o número de registros. Vocês já chegaram a uma meta ou quanto maior a quantidade de registros melhor?

No começo o registro tinha só 30 mil pessoas. Com esse número de pessoas é muito difícil você transplantar alguém, era preciso crescer, e hoje nós temos quatro milhões de pessoas no registro. É o terceiro maior do mundo e entre esses três é o único que é totalmente público e gratuito.

Aqui ninguém paga nada para se cadastrar e ninguém paga nada para receber, os registros maiores está na Alemanha, onde a pessoa paga um exame de compatibilidade, nos EUA eles possuem uma cota étnica, portanto tem uma cota de americanos, de hispânicos, de negros, de orientais, eles tem uma cota numérica. Eles tem uma programação anual, onde estipulam tal número de cadastros por ano, após isso as pessoas que tenham interesse devem pagar pelo cadastro, como lá eles não possuem saúde pública, eles também pagam para receber.

Hoje o nosso número de registro é muito grande, na verdade a busca começa dentro do grupo familiar, pai, mãe, irmão, que é o melhor doador possível. Se não teve daí vai para o Redome, com 4 milhões e 200 mil registros, se não teve daí vai para o BMDW, que é o registro mundial de medula óssea, é ali que unem todas as informações de todos os países ou grande parte deles que têm registro de doadores. Nisso, a coisa passa de 4 milhões para 26 milhões de possíveis doadores ao decorrer do mundo.

- Como ocorre o processo de doação de medula óssea?

São duas formas, pode ser por filtragem do sangue, toma um remedinho, senta na maca, e filtra, ou pode ser compulsão do osso da bacia, você vai lá, no centro cirúrgico, recebe anestesia e o médico tira de dentro do osso.

- Quantas vezes é possível fazer a doação?

Infinitas, depois de 15 a 30 dias que você fez, o seu organismo repõe a medula fez a doação, então é igual ao sangue. Você doa e o organismo refaz aquilo que você doou. O difícil é encontrar duas pessoas que são geneticamente parecidas com você, que tiveram uma doença do sangue, que foram tratadas com remédio, que não deu certo e recebeu a indicação do transplante e está precisando de ajuda de um doador. Então se encontrar um já é difícil, imagina dois? Mas se tivesse, poderia.

- Quando o doador não é da família, tem o encontro entre paciente e doador?

Tem! Se vocês derem uma olhada na página da Ameo tem vídeo do ano passado em setembro do dia Mundial do Doador de Medula Óssea e promovemos uma corrida ocorreu o encontro entre doador e paciente, mas tem algumas regras. Um ano depois, uma das partes precisa se manifestar "Olha eu quero conhecer a outra parte", então pode partir tanto da parte do doador quanto do paciente.

O Redome vai entrar em contato com o outro, vai falar "Olha o fulano quer te conhecer, você ta afim?". Se ele estiver, primeiro a gente vai consultar o medico do paciente "Olha, o fulano esta bem de saúde?" então ele tem que estar em um estagio do tratamento que as emoções e outras coisas não atrapalhem a melhora dele, já tem que estar em uma hora legal do tratamento.

Se ele estiver bem, ai eles vão se conhecendo aos pouquinhos, então primeiro eles trocam cartas, depois eles mandam um presentinho sem valor comercial, mas trocam uma coisa assim, como por exemplo o paciente mandar o lencinho que ele usava durante o tratamento e agora ele não precisa mais porque o doador o ajudou, enfim, vai nessa até que dois anos até que eles se encontrem fisicamente de fato.

Agora que você já sabe a grande importância de se tornar um doador de medula, passe no Hemocentro mais próximo e faça a sua parte!

Para mais informações, acesse o site: ameo.org.br ou ligue para ( 11) 2176 - 7249

 
 
 

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